Evolução e principais mudanças da CG 125 Titan ao longo de sua história
A Honda CG 125 é um marco da indústria brasileira. Seu inegável sucesso tem paralelo em poucas partes do mundo e se funde com a própria história da marca no Brasil. Quase a totalidade do mercado de motos nacionais de pequeno porte é dominada por esse modelo há muitos anos. Essa saga tem início em 1976, quando a primeira geração da Honda CG 125 passa a ser produzida na Zona Franca de Manaus, fazendo parte de uma política de isenção fiscal do governo brasileiro para incentivar a industrialização da região.
A CG 125 não deve ser confundida com a CB 125, modelo importado do Japão e que foi comercializado pela Honda no Brasil durante a década de 70. Produzida entre os anos de 1972 e 1975, a CB 125 era uma bicilíndrica Twin (os dois pistões sobem e descem juntos), com um escape de cada lado e comando de válvulas no cabeçote. O motor rendia 14 cv a 10.500 rpm.
Para que o lançamento da CG 125 fosse realmente marcante, nada menos do que Pelé foi escolhido para ser o garoto-propaganda da nova moto. O motor de um cilindro, quatro tempos tipo OHV (válvulas no cabeçote) rendia 11 cv a 9.000 rpm. O câmbio era de quatro marchas, com todos os engates para baixo, ao contrário do que acontece hoje, com a primeira para baixo e as outras quatro para cima. Esse modelo, que durou com o mesmo design até 1982, é conhecido hoje como CG "bolinha".
A CG 125 não deve ser confundida com a CB 125, modelo importado do Japão e que foi comercializado pela Honda no Brasil durante a década de 70. Produzida entre os anos de 1972 e 1975, a CB 125 era uma bicilíndrica Twin (os dois pistões sobem e descem juntos), com um escape de cada lado e comando de válvulas no cabeçote. O motor rendia 14 cv a 10.500 rpm.
Para que o lançamento da CG 125 fosse realmente marcante, nada menos do que Pelé foi escolhido para ser o garoto-propaganda da nova moto. O motor de um cilindro, quatro tempos tipo OHV (válvulas no cabeçote) rendia 11 cv a 9.000 rpm. O câmbio era de quatro marchas, com todos os engates para baixo, ao contrário do que acontece hoje, com a primeira para baixo e as outras quatro para cima. Esse modelo, que durou com o mesmo design até 1982, é conhecido hoje como CG "bolinha".
O sucesso foi imediato. Em 1977 a CG já dominava 79% do mercado, assumindo uma liderança esmagadora que jamais abandonaria. Em 1978 é lançada a ML, uma espécie de versão de luxo da CG e que merece uma história a parte.
Para o modelo 1979 a CG recebe uma nova suspensão dianteira, tipo Ceriani, com molas internas, no lugar do sistema de molas externas com cobertura de metal. Em fevereiro de 1981 a Honda lança a CG 125 a álcool, que duraria apenas um ano. Disponível apenas na cor preta e com faixas vermelhas, tinha taxa de compressão mais alta que a versão a gasolina, de 10:1 (contra 9:1). O sistema de partida a frio apresentava reservatório sob o banco. A Honda divulgava que não havia alterações no consumo e potência, mas o consumo era 18% maior.
Uma curiosidade é que a Honda CG 125 a álcool vinha com câmbio de cinco marchas, aprimoramento que só viria a equipar a CG a gasolina em 1986.
Para o modelo 1979 a CG recebe uma nova suspensão dianteira, tipo Ceriani, com molas internas, no lugar do sistema de molas externas com cobertura de metal. Em fevereiro de 1981 a Honda lança a CG 125 a álcool, que duraria apenas um ano. Disponível apenas na cor preta e com faixas vermelhas, tinha taxa de compressão mais alta que a versão a gasolina, de 10:1 (contra 9:1). O sistema de partida a frio apresentava reservatório sob o banco. A Honda divulgava que não havia alterações no consumo e potência, mas o consumo era 18% maior.
Uma curiosidade é que a Honda CG 125 a álcool vinha com câmbio de cinco marchas, aprimoramento que só viria a equipar a CG a gasolina em 1986.
Em 1983, a CG 125 recebe as primeiras alterações visuais profundas, que a tornaram mais encorpada. O tanque de combustível de 12 l, por exemplo, passa a ter linhas mais retas. O carburador recebe o sistema Ecco de injeção de combustível, visando maior economia de combustível. No quadro, é aumentado o comprimento da balança traseira, crescendo a distância entre os eixos para aumentar a estabilidade direcional. O sistema elétrico passa de 6 V para 12 V. O diâmetro do freio dianteiro, ainda a tambor, aumenta de 110 mm para 130 mm.
Mas ainda há mais mudanças. A relação secundária fica mais longa, de 15/38 para 14/43, e o pneu dianteiro é agora mais largo. A altura do guidão é maior e o banco passa a ser removível. Novos comandos estão à disposição do piloto, mas infelizmente o modelo perde o conta-giros, para reduzir custos. Era a chegada da segunda geração da família CG 125.
Para o modelo 1986 o câmbio passa a ser de cinco velocidades, de acionamento universal e com novo escalonamento, aproveitando melhor a potência do motor. Numa tendência que vinha se manifestando durante a década de 80, o farol passa a ser retangular e adota-se um novo pára-lama dianteiro em plástico injetado, na cor da motocicleta.
Em 1988 a Honda apresenta a versão para uso profissional: CG 125 Cargo, com banco individual e mais largo. O bagageiro é projetado para receber a instalação de baú. O chassi e a roda traseira são reforçados, a suspensão traseira passa a ser regulável e o braço é alongado, aumentando a distância entre eixos de 1.270 mm para 1.350 mm. Curiosamente esse modelo tem pouca penetração no mercado de usados, devido ao uso comercial, o que a tornava desvalorizada e com pouca procura.
Para driblar uma nova política tributária imposta pelo governo Sarney, é lançada em 1989 a CG 125 Today, terceira geração do modelo, com alterações no painel e banco, que acompanha a rabeta (que por sua vez envolve a lanterna traseira). A balança traseira da suspensão é aumentada mais uma vez e ganha 35 mm a mais de comprimento. O quadro é reforçado. O farol recebe lâmpada halógena e os dois amortecedores traseiros tornam-se reguláveis, com molas helicoidais em cinco posições.
Para o modelo 1992 foram introduzidas 69 alterações no motor e 74 no chassi, resultando em aumento de potência – numa ampla faixa de rotação – economia de combustível, diminuição de ruído e manutenção, além de maior rigidez estrutural do conjunto.
As principais alterações se concentraram no motor. O platinado foi substituído pelo sistema de ignição por descarga capacitiva, conhecido como CDI. O pistão teve o perfil rebaixado, ficando mais leve e com anéis mais finos, o que possibilitou diminuir o atrito com os cilindros. A biela, por sua vez, ficou mais longa e as válvulas, maiores. Com essas modificações a potência subiu de 11 cv para 12,5 cv e o torque de 0,94 kgfm para 1,0 kgfm. As vibrações e o nível de ruído também diminuíram consideravelmente. A velocidade máxima foi para 115 km/h e a aceleração de 0 a 100 km/h agora levava 17,5 segundos. Em tempo: as manoplas de plástico PVC, que se ressecavam com o tempo e o uso, agora eram de borracha.
Mas ainda há mais mudanças. A relação secundária fica mais longa, de 15/38 para 14/43, e o pneu dianteiro é agora mais largo. A altura do guidão é maior e o banco passa a ser removível. Novos comandos estão à disposição do piloto, mas infelizmente o modelo perde o conta-giros, para reduzir custos. Era a chegada da segunda geração da família CG 125.
Para o modelo 1986 o câmbio passa a ser de cinco velocidades, de acionamento universal e com novo escalonamento, aproveitando melhor a potência do motor. Numa tendência que vinha se manifestando durante a década de 80, o farol passa a ser retangular e adota-se um novo pára-lama dianteiro em plástico injetado, na cor da motocicleta.
Em 1988 a Honda apresenta a versão para uso profissional: CG 125 Cargo, com banco individual e mais largo. O bagageiro é projetado para receber a instalação de baú. O chassi e a roda traseira são reforçados, a suspensão traseira passa a ser regulável e o braço é alongado, aumentando a distância entre eixos de 1.270 mm para 1.350 mm. Curiosamente esse modelo tem pouca penetração no mercado de usados, devido ao uso comercial, o que a tornava desvalorizada e com pouca procura.
Para driblar uma nova política tributária imposta pelo governo Sarney, é lançada em 1989 a CG 125 Today, terceira geração do modelo, com alterações no painel e banco, que acompanha a rabeta (que por sua vez envolve a lanterna traseira). A balança traseira da suspensão é aumentada mais uma vez e ganha 35 mm a mais de comprimento. O quadro é reforçado. O farol recebe lâmpada halógena e os dois amortecedores traseiros tornam-se reguláveis, com molas helicoidais em cinco posições.
Para o modelo 1992 foram introduzidas 69 alterações no motor e 74 no chassi, resultando em aumento de potência – numa ampla faixa de rotação – economia de combustível, diminuição de ruído e manutenção, além de maior rigidez estrutural do conjunto.
As principais alterações se concentraram no motor. O platinado foi substituído pelo sistema de ignição por descarga capacitiva, conhecido como CDI. O pistão teve o perfil rebaixado, ficando mais leve e com anéis mais finos, o que possibilitou diminuir o atrito com os cilindros. A biela, por sua vez, ficou mais longa e as válvulas, maiores. Com essas modificações a potência subiu de 11 cv para 12,5 cv e o torque de 0,94 kgfm para 1,0 kgfm. As vibrações e o nível de ruído também diminuíram consideravelmente. A velocidade máxima foi para 115 km/h e a aceleração de 0 a 100 km/h agora levava 17,5 segundos. Em tempo: as manoplas de plástico PVC, que se ressecavam com o tempo e o uso, agora eram de borracha.
TRAJETÓRIA DE SUCESSO
Evolução e principais mudanças da CG 125 Titan ao longo de sua história:
Evolução e principais mudanças da CG 125 Titan ao longo de sua história:
1976
Início de produção do modelo CG 125 – primeira geração.
1978
É alterada a suspensão dianteira, que utiliza um sistema de molas externas com cobertura de metal. Foi instalado o garfo com amortecedores trazendo molas internas, também conhecido como Ceriani.
1981
A Honda lança a CG 125 álcool, que não faz parte da linha atual.
Início de produção do modelo CG 125 – primeira geração.
1978
É alterada a suspensão dianteira, que utiliza um sistema de molas externas com cobertura de metal. Foi instalado o garfo com amortecedores trazendo molas internas, também conhecido como Ceriani.
1981
A Honda lança a CG 125 álcool, que não faz parte da linha atual.
1983
A CG 125 recebe alterações visuais tornando-se mais encorpada, com tanque de 12 litros e linhas retas. O carburador recebe o sistema Ecco de injeção de combustível. No quadro, é aumentado o comprimento da balança traseira, crescendo a distância entre os eixos. O sistema elétrico passa de 6 para 12 volts. O diâmetro do freio dianteiro aumenta de 110 mm para 130 mm. A relação secundária fica mais longa, de 15/38 para 14/43, e o pneu dianteiro é agora mais largo. Era a chegada da segunda geração da família CG 125.
1985
O câmbio de quatro marchas da CG passa para cinco, de acionamento universal e com novo escalonamento, aproveitando melhor a potência do motor. O farol passa a ser retangular e adota-se um novo pára-lama dianteiro em plástico injetado, na cor da motocicleta.
1988
A Honda apresenta a versão para uso profissional: CG 125 Cargo, com banco individual e mais largo. O bagageiro é projetado para receber a instalação de baú. O chassi e a roda traseira são reforçados, a suspensão traseira passa a ser regulável e o braço é alongado, aumentando a distância entre eixos de 1.270 mm para 1.350 mm.
A CG 125 recebe alterações visuais tornando-se mais encorpada, com tanque de 12 litros e linhas retas. O carburador recebe o sistema Ecco de injeção de combustível. No quadro, é aumentado o comprimento da balança traseira, crescendo a distância entre os eixos. O sistema elétrico passa de 6 para 12 volts. O diâmetro do freio dianteiro aumenta de 110 mm para 130 mm. A relação secundária fica mais longa, de 15/38 para 14/43, e o pneu dianteiro é agora mais largo. Era a chegada da segunda geração da família CG 125.
1985
O câmbio de quatro marchas da CG passa para cinco, de acionamento universal e com novo escalonamento, aproveitando melhor a potência do motor. O farol passa a ser retangular e adota-se um novo pára-lama dianteiro em plástico injetado, na cor da motocicleta.
1988
A Honda apresenta a versão para uso profissional: CG 125 Cargo, com banco individual e mais largo. O bagageiro é projetado para receber a instalação de baú. O chassi e a roda traseira são reforçados, a suspensão traseira passa a ser regulável e o braço é alongado, aumentando a distância entre eixos de 1.270 mm para 1.350 mm.
1989
Chega a CG 125 Today, terceira geração do modelo, com grandes alterações visuais no painel e no banco, que acompanha a rabeta traseira com estilo inovador (envolvendo a lanterna traseira). A balança traseira da suspensão ganha 35 mm a mais de comprimento e o quadro é reforçado. O farol recebe lâmpada halógena e os dois amortecedores traseiros tornam-se reguláveis, com molas helicoidais em cinco posições.
1991
Foram introduzidas cerca de 69 alterações no motor e 74 no chassi, resultando em aumento de potência, numa ampla faixa de rotação, economia de combustível, diminuição de ruído e manutenção, além de maior rigidez estrutural do conjunto. São exemplos das alterações: a adoção do sistema CDI - Ignição por Descarga Capacitiva, em substituição ao platinado; pistão mais leve, com anéis mais finos, que possibilitou diminuir o atrito com os cilindros e substituição das manoplas de PVC por borracha.
Chega a CG 125 Today, terceira geração do modelo, com grandes alterações visuais no painel e no banco, que acompanha a rabeta traseira com estilo inovador (envolvendo a lanterna traseira). A balança traseira da suspensão ganha 35 mm a mais de comprimento e o quadro é reforçado. O farol recebe lâmpada halógena e os dois amortecedores traseiros tornam-se reguláveis, com molas helicoidais em cinco posições.
1991
Foram introduzidas cerca de 69 alterações no motor e 74 no chassi, resultando em aumento de potência, numa ampla faixa de rotação, economia de combustível, diminuição de ruído e manutenção, além de maior rigidez estrutural do conjunto. São exemplos das alterações: a adoção do sistema CDI - Ignição por Descarga Capacitiva, em substituição ao platinado; pistão mais leve, com anéis mais finos, que possibilitou diminuir o atrito com os cilindros e substituição das manoplas de PVC por borracha.
1994
É lançada a quarta geração da street CG 125 Titan, com muitas modificações no design e aproximadamente 90 alterações técnicas. Entre elas, comandos elétricos em novos desenhos (interruptores, farol sinalizador e buzina); alças traseiras nas laterais; freios (cabo dianteiro mais robusto e rígido, braço traseiro maior e mais macio); painel de instrumentos (introdução de iluminação na caixa de piloto e visor branco); tanque com formas arredondadas (maior integração com o assento); conjunto da embreagem (carga menor na mola) e desenho com linhas arredondadas (tanque, tampas laterais e rabeta).
É lançada a quarta geração da street CG 125 Titan, com muitas modificações no design e aproximadamente 90 alterações técnicas. Entre elas, comandos elétricos em novos desenhos (interruptores, farol sinalizador e buzina); alças traseiras nas laterais; freios (cabo dianteiro mais robusto e rígido, braço traseiro maior e mais macio); painel de instrumentos (introdução de iluminação na caixa de piloto e visor branco); tanque com formas arredondadas (maior integração com o assento); conjunto da embreagem (carga menor na mola) e desenho com linhas arredondadas (tanque, tampas laterais e rabeta).
2000
A Honda apresenta a quinta geração da família CG 125, que continua com o nome Titan, nas versões KS (partida a pedal e freios a tambor) e ES (partida elétrica, freio dianteiro a disco, pedal de apoio do garupa fixado no chassi). O modelo passa a contar com farol multireflex, painel com marcador de combustível, chassi estampado e bateria selada, que dispensa manutenção, e o tanque ganha maior capacidade (13 litros). O exclusivo sistema anti-esvaziamento tuff-up também passa a equipar o modelo.
2002
Lançamento de mais uma versão intermediária da CG 125 Titan, a KSE, com partida elétrica e freios a tambor. Mantendo todas as características presentes nas versões KS e ES lançadas em 2000.
A Honda apresenta a quinta geração da família CG 125, que continua com o nome Titan, nas versões KS (partida a pedal e freios a tambor) e ES (partida elétrica, freio dianteiro a disco, pedal de apoio do garupa fixado no chassi). O modelo passa a contar com farol multireflex, painel com marcador de combustível, chassi estampado e bateria selada, que dispensa manutenção, e o tanque ganha maior capacidade (13 litros). O exclusivo sistema anti-esvaziamento tuff-up também passa a equipar o modelo.
2002
Lançamento de mais uma versão intermediária da CG 125 Titan, a KSE, com partida elétrica e freios a tambor. Mantendo todas as características presentes nas versões KS e ES lançadas em 2000.
2004
Na sexta geração, a nova CG 150 Titan chega em três versões, com inovações do motor, de 149,2 cm3, mais econômico, ágil e durável, passando pelo design, seguindo as mais modernas tendências mundiais.
Na sexta geração, a nova CG 150 Titan chega em três versões, com inovações do motor, de 149,2 cm3, mais econômico, ágil e durável, passando pelo design, seguindo as mais modernas tendências mundiais.
2009
Após 32 anos de evolução e desenvolvimento constante, a CG 150 Titan, agora em sua sétima geração..
Após 32 anos de evolução e desenvolvimento constante, a CG 150 Titan, agora em sua sétima geração..
fonte:http://www.luanamotos.com.br
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