domingo, 14 de dezembro de 2014

Suzuki Intruder 250



Robusta, econômica, simples, confiável, acessível… estas são as características mais citadas pelos proprietários da pequena Suzuki Intruder 250, comercializada no Brasil entre 1997 e 2001. Vários bons modelos de motocicleta deixaram de ser comercializados no Brasil sem uma boa justificativa e a Intruder 250 é um destes exemplos. Com uma mecânica confiável, ciclística confortável e motor robusto e econômico, a Intruder era o melhor custo-benefício entre as 250cc comercializadas entre nós. Era moto com cara de moto e com o essencial para o motociclista… sem perfumarias e “penduricalhos” para encarecer ou apresentar defeitos desnecessários. Enfim, a Intruder 250 continua sendo uma das motocicletas mais “honestas” que se pode ter.
Em termos mecânicos, a Intruder 250 pode ser considerada uma “mini Savage”: motor um cilindro, um carburador e uma vela. Sem complexidades mecânicas, o motorzinho de quatro válvulas com comando simples (OHC) é durável e robusto, dificilmente deixa o piloto na mão. O consumo médio fica na faixa dos 30 km/l. Com um tanque de 10,3 litros, tem uma boa autonomia de aproximadamente 300 km.
Estilo
O estilo não é lá o ponto forte da Intruder 250. Geralmente é classificada como custom, mas seu estilo está mais para uma motocicleta inglesa dos anos 1960. A lanterna traseira é grande e destoa do conjunto… é só trocá-la por uma mais custom que o visual geral da moto melhora muito. O pára-lamas cromados e as rodas raiadas também dão um visual retrô à motocicleta. Aliás, as rodas raiadas da 250 são muito mais “felizes” do que as de liga leve da Intruder 125. No geral não é feia, mas também não é nenhuma beldade. Oferece bastante opções de personalização.
Pilotagem & Desempenho
Pilotando,  a maior virtude da Intruder 250 é o conforto, graças à suspensão de curso longo. Os freios não são seu forte, apenas são suficientes para a proposta da moto. O motor responde rápido à tocada e não decepciona até chega ao seu limite. Em termos de potência, seus 22 cv está alinhado com as concorrentes:

Suzuki Intruder 250
Yamaha Virago 250
Dafra Kansas 250
Kasinski Mirage 250
Garini GR 250 T3
Sundown V-Blade
Potência
 22 cv (8.000 rpm)
21 cv (8.000 rpm)
21 cv (7.000 rpm)
27 cv (10.000 rpm)
 24,1 cv (8.000 rpm)
 19,7 cv (8.000 rpm)
Torque
 1,9 kgf cv (5.500 rpm)
2,1 kgf (6.500 rpm)
2,35 kgf (6.000 rpm)
2,27 kgf (8.500 rpm)
 1,6 kgf (6.000 rpm)
 1,58 kgf (6.000 rpm)
Nas minhas pesquisas pelos foruns, percebi que a maior preocupação de quem vai comprar esta Intruder, é com respeito à sua velocidade final, que fica em torno dos 130 km/h, o que não é nada mal para uma custom de 250cc. Já a velocidade de cruzeiro, gira em torno dos 100 km/h, que pode ser considerada suficiente para as estradas brasileiras e para a proposta custom, que não é correr exageradamente.
Com  garupa, o desempenho logicamente cai um pouco. O banco relativamente largo é confortável. A altura da pedaleira está numa boa posição que não exige uma posição flexionada e cansativa. A pequena distância entre-eixos pode torná-la um pouco cansativa em longas distâncias, mas nada que um comando avançado não resolva. E então, dá para viajar com uma Intruder 250? Dá!!! Como diria um jornalista norte-americano cujo nome não me lembro: “…uma moto pequena não é desculpa para não viajar e conhecer o mundo…”.
Eu disse acima que a Intruder 250 é uma “mini Savage” em termos de robustez e simplicidade mecânica. Mas com a vantagem de ter uma manutenção mais fácil e acessível… pelo menos nas grandes cidades. O valor das peças está no patamar de qualquer outra 250 do mercado.
Herança
A Intruder 250 entrou no mercado internacional (lá conhecida como GN 250) em 1982 e foi produzida por lá até 1996. No Brasil ela foi comercializada pela J. Toledo entre 1997 e 2001. A GN 250 faz muito sucesso em mercados do leste europeu, que parece ter uma preferência pelas motos monocilíndricas como a Yamaha XT 600, Suzuki DR 800, Suzuki Savage 650 e a própria GN 250. Também é muito apreciada em mercados da América do Sul como Argentina e Chile.

Quando foi descontinuada em 1996 no exterior, a GN 250 foi substituída pela TU 250 que tem as mesmas características, mas com injeção eletrônica e visual renovado. No Brasil, a Intruder 250 simplesmente foi tirada de linha por conta de seu visual ultrapassado.

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