domingo, 14 de dezembro de 2014

Yamaha Virago 250


A Yamaha Virago 250 é uma típica pocket custom, como dizem os americanos. Pode até ser uma “custom de bolso”, mas tem o custo de manutenção meio salgado para uma motocicleta pequena.

Aqui no Brasil, sua carreira foi entre 1996 e 2002, quando era importada pela Yamaha. Mas por ser um produto de boa qualidade, seu preço continua valorizado: R$ 7.670 (modelo 1996) a R$ 11.133 (modelo 2002), segundo avaliação FIPE. Mas como acontece com qualquer outro modelo com poucos exemplares e com muita procura, o preço pode chegar a R$ 15.000, dependendo do grau de originalidade do modelo. E por falar nisso, manter a originalidade de uma “Viraguinho” não é nada barato. O custo e das peças afasta muitos interessados no modelo:
1) Pneu traseiro: R$ 344,00*
2) CDI: R$ 413,00 **
3) Coletor de admissão: R$ 208,00 ***
Mas quando o custo de manutenção não afasta o “interessado desabonado”, ocorre o lado negativo da coisa: o proprietário faz a manutenção com peças “genéricas” e gambiarras, o que faz com que algumas Virago 250 sejam encontradas com preços abaixo da tabela. Na hora de comprar uma, lembre-se: não existe Virago boa e barata. E uma pecinha muito importante deve ser substituida assim que possível: as engrenagens da bomda de óleo, que são peças plásticas que garantem o funcionamento eficiente da bomba e a correta lubrificação do motor. Se estas engrenagens (custam cerca de R$ 55,00 nas concessionária) estiverem muito desgastadas, a bomba pode não falhar e fundir o motor e seu bolso também. Outra peça que parece ser o tendão de aquiles da Viraguinho é o CDI que costuma dar problemas. E não tem pra onde correr: peças de reposição periódica como filtros de ar e óleo, velas e kits de relação até são encontrados em lojas independentes, mas peças mais específicas como pistões, anéis de vedação e peças de acabamento são na maioria encontradas apenas na concessionária e sob encomenda.
Falando em custos, dá a impressão de que a Virago é uma motoquinha proibitiva, mas mas vale lembrar que ela é muito robusta e confiável e que quando a manutenção preventiva é feita no período e da forma correta, a manutenção corretiva é muito rara de acontecer nesta moto. Uma regra que não falha nunca: a manutenção corretiva (exemplo: troca de óleo e filtros) é muito mais barata e simples do que uma manutenção corretiva (motor fundido por falta de óleo).
Resumindo o papo até aqui: a Virago tem manutenção cara para uma 250 cc, mas por outro lado é muito robusta e confiável.
O lado bom da história é o design bonito, a leveza e agilidade no transito e o consumo de combustivel entre 24  e 28 km/l. Como é bastante compacta, pilotos acima de 1,75 m podem se sentir um pouco apertados na moto, mas nada que um comando avançado não resolva. Como qualquer custom, a Virago pode ser altamente customizada em vários estilos:
Outro ponto a favor é o fato de ser bem menos visada pelos gatunos em comparação a streets, esportivas e trails, mas mesmo assim é bom ter um certo cuidado, pois uma Virago em ótimas condições pode ser atraente ao “amigo do alheio”.
Ainda não se sabe porque um produto tão bom quanto a XV 250 Virago deixou de ser comercializado no Brasil, pois nos Estados Unidos e em alguns outros mercados externos ela segue firme e forte sob o nome de V-Star 250 por US$ 4.090,00. O que significa que peças de reposição podem ser importadas sem problemas, já que a lei brasileira exige que o fabricante ou importador forneça peças de reposição por um prazo de dez anos após o encerramento da fabricação ou importação de determinado modelo, o que no caso da Virago, expira em 2012.
Para viajar, o proprietários dizem que é confortável, macia e mantém velocidade de cruzeiro em 100 km/h mesmo com garupa. O tanque de combustível de 9,5 litros (2,5 litros são de reserva) e garante autonomia aproximada de 260 km o que em viagens normais não dá problemas, já que o indicado é parar a cada 150 km  para descanso. Mas numa viagem para lugares onde postos de combustível são escassos durante o trajeto, isto pode ser um problema. O banco do garupa, é do tipo “banco-da-sogra”: só serve para ir de um bairro ao outro…para viagens mais longas, um modelo mais largo deve ser providenciado, a não ser que o carona seja a sogra. O painel se resume a um velocímetro analógico com hodômetro e luzes-espia, como nas customs de verdade.
Conclusão: se a Virago não fosse tão boa, seu preço não continuaria tão valorizado depois de tanto tempo fora do mercado. Sua mecânica é muitíssimo robusta e praticamente não dá defeitos, mas em caso de relaxo, a conta pode sair cara.

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